quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Visita ao Bairro Buriqui

Projeto Escola Estrada Afora

      Fazenda Boa Esperança – uma dádiva ecológica

         Visitamos a Fazenda Boa Esperança no Bairro Buriqui, onde se emprega o ecoturismo como fonte de renda, com suas belas cachoeiras que fazem brilhar nossos olhos com tanta beleza e exuberância, a menor das cachoeiras  atinge 3m e a maior 65m,que nos fazem chegar a uma imensa trilha de cachoeiras, um lugar com beleza invejável, onde encontramos alguns chalés rústicos com nomes bastante excêntricos: Júpiter, Saturno, Plutão, Marte...fazendo uma alusão ao nosso sistema solar.
           Então perguntamos ao senhor Luís, proprietário da fazenda como surgiu a ideia para o empreendimento turístico, ao que ele respondeu: “ quando eu comprei esta propriedade eu vim para explorar a madeira, mas como eu sabia que um dia ela acabaria, pensei numa atividade turística que englobasse também as belas cachoeiras, que já eram um atrativo natural.”
           E isso já faz 13 anos...Segundo ele, numa data que não dá para esquecer: 22 de abril de 2000, o dia em que a Fazenda foi oficializada como empreendimento turístico. 
 Há dois tipos de empreendimentos que podem ser empregados numa cidade como Delfim Moreira, o rural: que é mais voltado para o ecoturismo (caso da Fazenda Boa Esperança) e o urbano como a Pousada La Luna e a Solar da Mantiqueira.
          Descobrimos que os delfinenses pouco frequentam a Fazenda, pois a paisagem da cidade é muito parecida com a da própria Fazenda,como diz Luís Carioca “ a turma que aqui frequenta, costuma vir para respirar  ar puro e beber água límpida... Aqui tem tanta água que até fiz uma parceria com a Universidade de Engenharia de Itajubá - a UNIFEI e, hoje, gero minha própria energia,” afirma ele.
        O público que mais usufrui a Fazenda são os jovens que geralmente querem praticar bike ,motocross, caminhadas ou somente descansar , que vêm frequentemente das cidades do vale do Paraíba , São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais como Lavras e Varginha. O proprietário também citou que toda semana tem turismo religioso- as romarias.
          E o que falta para que a fazenda se torne mais conhecida e frequentada? O que falta é a sinalização indicando que lá na Fazenda Boa Esperança , além das 7 lindas cachoeiras, existem grutas,restaurante , trilha, tirolesa  e outros atrativos.
As riquezas naturais da nossa cidade são exuberantes. Não deixe de conhecê-las, pois o que há aqui é uma dádiva.

                                               Josiane Oliveira e Dayse Ribeiro






domingo, 17 de novembro de 2013

O Projeto Escola Estrada Afora recebeu menção honrosa na Semana Global do Empreendedorismo em Belo Horizonte-MG


           O Prêmio Cultura Empreendedora Sebrae Minas, em sua primeira edição, que tem como objetivo reconhecer e premiar as melhores práticas empreendedoras no ensino implementadas por educadores de Minas Gerais, apresentou o Projeto Escola Estrada Afora como um dos 18 finalistas do concurso. Esse reconhecimento só vem confirmar o êxito dessa experiência pedagógica que, cada vez mais, contagia a todos em nosso contexto escolar.
 Camila Sapucci 

Diretor da E. E. Marquês de Sapucaí: Aurelino Assis Xavier
Profª Ana Maria de Paiva Alves e Silva
Prefeito Municipal de Delfim Moreira: José Fernando Coura

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Oitavos anos da Marquês no Projeto Escola Estrada Afora

O nosso Projeto Escola Estrada Afora está de vento em popa! Há algumas semanas, as professoras Lúcia Cruz e Rafaela Castro estão trabalhando com os oitavos anos a redação de cartas, com o objetivo de aprimorar a escrita, atribuindo-lhe a função social. E hoje, 05 de novembro, uma parte dos alunos foi até a agência dos correios postar sua correspondência para os alunos da E. E. Sebastião Pereira Machado, da cidade de Piranguinho, MG.
Nessa primeira carta, os alunos se apresentaram para o colega – que ainda não conhecem pessoalmente - utilizando o gênero narrativo perfil.
Dando continuidade ao trabalho, os alunos conversarão com pessoas da comunidade para saber um pouco mais sobre o lugar onde vivem e falar sobre isso, numa próxima carta. Pretende-se, nesta fase, que se apropriem do gênero entrevista e levem ao conhecimento dos seus correspondentes as características do nosso município.
Neste contexto, outros gêneros textuais serão contemplados tais como relato, depoimento, conto, crônica, poesia, charge etc.

O projeto terá como culminância a visita à cidade de Piranguinho e a degustação de pé de moleque.










quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Projeto Escola Estrada Afora premia professora no Desafio "Professor Campeão"


            Professora Ana Paiva, mentora do Projeto Escola Estrada Afora, foi classificada em 1° lugar no Desafio "Professor Campeão" promovido pela FAI - Centro de Ensino Superior em Gestão, Tecnologia e Educação de Santa Rita do Sapucaí/ MG.





Resultado do Desafio Professor Campeão

Professora premiada, Ana Paiva, com o Professor José Cláudio Pereira

sábado, 5 de outubro de 2013

Projeto Escola Estrada Afora






Ana Maria de Paiva Alves e Silva
Professora de Português e Supervisora Pedagógica

           
I-        Justificativa

Os alunos da E.E. Marquês de Sapucaí estiveram muito envolvidos com a OLP - Olimpíada da Língua Portuguesa no ano 2012, ocasião em que muitos textos foram publicados no livro “Oficina do Lapidário” que é o produto final do Projeto Lapidar – www.projetolapidar.com.br – manifestando muito interesse pela temática ‘o lugar onde vivo’. E, à custa do entusiasmo pela pesquisa e euforia pelo sucesso desse projeto, o corpo docente, em reuniões coletivas, considerou producente a implementação de outro projeto que contemplasse um estudo mais apurado acerca do patrimônio histórico-cultural de Delfim Moreira-MG, já que os delfinenses pouco conhecem sobre suas próprias origens.
Em síntese, o município de Delfim Moreira, que localiza-se no Sul de Minas Gerais, nasceu em 1703, na cachoeira do Itagyba, com o nome de Paróquia de Nossa Senhora da Soledade de Itagyba ; possui uma população de aproximadamente 8.000 habitantes, distribuídos numa área territorial de 408,5 km2. Com a topografia predominantemente montanhosa, o centenário e histórico município abriga em seus rincões 37 bairros rurais, cuja população se dedica às atividades agropecuárias. Os nossos córregos descem apressadamente as encostas, chegam e fertilizam as lezírias do Rio Sapucaí e se encerram na Vila de Pantalete, entre os municípios de Paraguaçu e Três Pontas, quando se une ao Rio Verde e, juntos, formam um braço da Represa de Furnas. Aqui em Delfim Moreira ainda existem os túneis das minas de ouro do século XVIII, descobertas por Miguel Garcia Velho em 1703... O Município foi palco de uma das batalhas da Revolução de 1932 que deixou suas trincheiras e, em memória da família de um soldado, erigiu-se a Cruz das Almas; também foi anfitrião da Princesa Isabel e do conde D’Eu que aqui fizeram sua estada por duas vezes, em períodos de repouso. Durante décadas, foi o maior produtor mundial de marmelo ; a cozinha local criou um cardápio de pratos - doce, sopa, bombom e  geleias de marmelo. Aqui foi terminal de um ramal da estrada de ferro que deixou de herança o edifício da estação e o nome da cidade. Os nossos casarões históricos resistem ao tempo e teimosamente registram sua história.
Além disso, nossas florestas abrigam a diversidade da fauna e da flora da Serra da Mantiqueira.
As origens de algumas das famílias são obtidas naturalmente na evolução dos trabalhos. E todo esse patrimônio carece de um registro.
O Projeto “Escola Estrada Afora” vem atender a esse objetivo contemplando a transversalidade que propõe uma educação cidadã a partir dos elementos da história local e dos conteúdos escolares. Além do mais, as ações desse projeto que se pautam em conhecer, observar e analisar os bairros e regiões que compõem o município de Delfim Moreira-MG em seus diversos aspectos físico-geográfico e histórico-culturais, oportunizam o protagonismo juvenil e a prática empreendedora na educação.
Temas locais, como valorização do Patrimônio histórico-cultural, constituem-se como a transversalidade necessária nas escolas, segundo os PCN- Parâmetros Curriculares Nacionais. Por isso, oportunizar aos alunos a identificação das origens e da história de cada povoado, assim como a observação dos aspectos culturais os faz refletir sobre a historicidade como um processo vivo, propenso a mudanças e, dessa forma, eles se sentem responsáveis pela construção e reconstrução histórica do município.
Outrossim, a integração dos alunos com o lugar onde vivem, ratifica que a educação é uma atividade social e que deve ser trabalhada para além dos muros da escola, cultivando sensibilidade, emoção, empatia , respeito pela diversidade e postura empreendedora.
Sob a coordenação da professora e supervisora Ana Maria Paiva e do envolvimento dos professores e  alunos do ensino médio, a E. E. Marquês de Sapucaí realizou um valioso trabalho de captação de informações, imagens e depoimentos que contribuíram para o enriquecimento curricular dando visibilidade e relevância ao nosso município.
Toda a produção textual, imagens e vídeos produzidos durante a visitação já estão sendo  divulgados, através do jornal da escola – O Jornal Prisma Cultural – e  através  das redes sociais https://www.facebook.com/marques.desapucai.3?fref=ts  e  http://escolaestadualmarquesdesapucai.blogspot.com.br/  como “produto final” do projeto, que na verdade tornou-se um projeto institucional permanente, já que suas ações  têm se multiplicado a olhos vistos dia a dia.  Vale ressaltar que esses veículos de comunicação  são ações empreendedoras articuladas e manejadas pelos próprios alunos.
Através do Projeto Escola Estrada Afora, a E.E. Marquês de Sapucaí assumiu sua função social, junto à comunidade, oportunizando aos jovens o protagonismo em seu processo de aprendizagem.



II-       Objetivos

O Projeto Escola Estrada Afora visa promover a observação e a análise do espaço geográfico e histórico do município de Delfim Moreira-MG, de forma que os alunos aprendam a pesquisar, a coletar dados e a registrar as informações coletadas, através da diversidade de gêneros textuais, da edição de vídeos e da organização do acervo de fotografias.
As ações desse projeto visam estabelecer, na prática educativa, uma relação entre aprender na realidade os conhecimentos teoricamente sistematizados (aprender sobre a realidade) e as questões da vida real (aprender na realidade e da realidade), adquirindo habilidades com a utilização de recursos tecnológicos.
Dessa forma, o projeto pretende despertar nos envolvidos o interesse pela cultura do município e estimular a reflexão sobre a pesquisa histórica como processo vivo e propenso a mudanças; além do respeito pelo patrimônio cultural e pelo meio ambiente.

III-      Conteúdos

Durante as visitas aos bairros, observa-se a diversidade de plantas e animais que compõem a fauna e a flora da Mata Atlântica na Serra da Mantiqueira; os rios, o relevo, as pedras que compõem a paisagem, as atividades agropecuárias, os empreendimentos turísticos, assim como a postura dos moradores em relação ao lixo - assuntos que têm sido abordados nas aulas de biologia e geografia.
Em relação à arte, a observação dos casarões antigos, com suas janelas e portas coloniais, assoalhos de tábuas largas, que serviram como cenário da história das famílias pioneiras, está interligada aos fatos históricos de Delfim Moreira. Da mesma forma, o período áureo do marmelo, a história que está por trás da construção de cada capela, os causos, os fatos tristes e alegres que marcaram cada comunidade, as habilidades dos artesãos, o talento dos músicos e repentistas costuram a identidade cultural do município.
Os conteúdos de sociologia são aprimorados quando se analisa os aspectos de organização e de convivência de cada comunidade; e os da filosofia quando se faz a identificação das origens e da história de cada povoado, assim como a observação dos aspectos culturais que promove uma reflexão sobre a historicidade como um processo que se renova a cada dia , para que os alunos se sintam responsáveis pela construção e reconstrução da história local.
E nas aulas de Português são redigidos, além dos roteiros de entrevista, os relatos (diário de bordo), as reportagens, as crônicas, as notícias, os artigos de opinião, os editoriais, as poesias etc., com intuito de compartilhar todo conhecimento apreendido com a comunidade escolar.

IV-     Metodologia

As ações do Projeto começaram a ser esboçadas ainda no final do ano de 2012. Fez-se um quadro para composição das equipes que era composto dos seguintes elementos:
a) responsáveis pelos contatos - contato com moradores dos bairros e com o secretário do transporte para agendamento do ônibus escolar etc.;
b) responsáveis pela elaboração dos roteiros de entrevistas e reportagem;
c) equipe da redação - crônica, notícia, relato da entrevista, diário de bordo, texto descritivo, charge, artigo de opinião, memórias, causo etc.;
d) responsáveis pelas fotos e produção e edição de vídeos; diagramação do jornal e blog da escola.
     E, assim que teve início o ano letivo 2013, esses quatro grandes grupos foram subdivididos, para que houvesse função para todos os envolvidos. Os alunos do 2º ano do ensino médio e seus  professores de história e de português realizaram um planejamento de visitação e elaboraram roteiros de entrevista com base em informações prévias sobre os entrevistados.
Utilizando o transporte escolar, uma ou  duas vezes semanais, o grupo visitava o bairro no contraturno para não atrapalhar o curso normal das aulas.  Durante a visitação, além das entrevistas, os educandos realizaram um passeio a fim de observar e registrar através de filmadora, câmera digital e diário de bordo todos os aspectos relacionados à cultura local: história, a geografia, as atividades agropecuárias, hábitos da população, aptidões artísticas, crenças, fauna e flora, trato com o lixo etc.
 Para contemplar a comunicação oral e escrita das suposições, dados e conclusões, os alunos, além de serem os responsáveis por coletar todas as informações por meio das histórias contadas, discutiam em grupo, visando o reconhecimento das transformações do município, para depois partirem para a produção textual, seleção de fotos e edição de vídeos para apresentar o município em seus vários  aspectos, através do “Jornal Prisma Cultural e das redes sociais https://www.facebook.com/marques.desapucai.3?fref=ts   e http://escolaestadualmarquesdesapucai.blogspot.com.br/ da Marquês. Esses veículos de comunicação, além de atribuir função social à escola, servem de estímulo para a releitura e reescrita dos textos, com intuito de aprimorá-los e, consequentemente, desenvolve também as habilidades da língua portuguesa.
Cabe ressaltar que o interesse e a aptidão dos alunos para o uso da tecnologia favoreceu bastante as ações do projeto. Todo o percurso teve como suporte as ferramentas tecnológicas que vão desde a câmera digital, tablet, notebook, aos programas de software como CorelDraw entre outros, provendo assim a inclusão digital. E mais: os alunos do 2º ano já conseguiram envolver alunos de outras turmas da escola nesse grande empreendimento educacional, e o que era para ter um fim e/ou uma culminância em forma de exposição acabou se tornando uma semente que já está sendo cultivada com expectativa de que, no ano de 2014 , todas as turmas da escola estejam envolvidas com alguma ação que transforme a cidade em espaço de aula.

V-      Avaliação

 Nessa primeira fase do projeto, a avaliação se fez sob a óptica da organização, da convivência, do compromisso e da atuação de todos os elementos envolvidos com as ações, assim como da postura reflexiva e crítica acerca dos fatos e situações abordados.
Os professores - em grupos alternativos - acompanharam os alunos em todas as visitas aos bairros, orientando-os e atuando também como coadjuvantes no trabalho de investigação e registros; da mesma forma, acompanharam e se envolveram com a diagramação do jornal e com o manejo do blog. E o mais importante: as visitas aos bairros estão promovendo o enriquecimento das disciplinas curriculares. O professor de arte que sai para registar a arquitetura dos casarões antigos já começa a enxergar a possibilidade de trabalhar as artes plásticas utilizando material seco colhido na floresta.
O professor de Química, já iniciou um trabalho interdisciplinar com o professor de Biologia, organizando uma Coleção Entomológica para estudos e pesquisas de laboratório, assim como a constituição de um Herbário.
Os professores de matemática estão planejando o Projeto ‘A Geometria na Natureza’ e  o professor de Geografia está trabalhando uma proposta que implica a avaliação da situação da moradia , da saúde, da segurança etc na cidade, através de enquetes - tabulação  de dados , elaboração de gráficos e divulgação no jornal , além de propor um roteiro ilustrado ( mapa narrativo) em que apareçam todos os espaços significativos para a comunidade rural  e urbana.
As professoras de língua portuguesa estão envolvidas com o Projeto Cartas, cuja  finalidade é estabelecer relações entre os alunos do 8° ano da Escola Estadual Marquês de Sapucaí, de Delfim Moreira/MG com os alunos do tempo integral da Escola Estadual Sebastião Pereira Machado, de Piranguinho/MG por meio de cartas. Neste contexto, os alunos irão se apresentar e contar histórias da cidade e do bairro onde moram, para tanto serão necessárias pesquisas e entrevistas acerca da cultura local. A escrita das cartas além de promover o resgate e a valorização dos aspectos histórico-culturais da cidade ainda promoverão o desabafo e a criação de vínculos entre os redatores e ainda contemplarão diversos gêneros textuais dentro da carta. Ao final do projeto, eles se conhecerão pessoalmente.

Os alunos também manifestaram muito interesse pelas atividades, por isso compromisso e dedicação consistiram apenas num detalhe. Um ponto que chamou muito a atenção do grupo foi a educação e a fineza dos estudantes com as pessoas entrevistadas, fossem elas idosas ou jovens, simples ou sofisticadas, empresários ou trabalhadores do campo.
Outro ponto relevante foi o desenvolvimento de uma postura reflexiva e crítica acerca do contexto histórico do município, das atividades agrícolas e da ação humana sobre o meio ambiente (dois  textos redigidos neste contexto com o tema “Analfabetismo Ecológico” foram premiados pela Academia Itajubense de Letras e Rotary Club de Itajubá –MG num Concurso de Redação) ; sobre o êxodo rural e o êxodo da juventude; a capacidade de retenção de mão de obra, os empreendimentos turísticos, entre outros aspectos que impulsionaram as seguintes sugestões:

ü  Colocar placas indicativas dos bairros e edifícios
ü  Colocar placa adicional nas ruas descrevendo quem foi o titular da rua
ü  Criar pontos de ônibus com cobertura e bancos
ü  Criar um órgão de orientação jurídica aos habitantes
ü  Criar centro de teatro
ü  Criar grupo tradicional de canções e músicas
ü  Criar um centro de lazer para o idoso
ü  Reunir a cozinha local para manter as tradições dos pratos de marmelo e de pinhão

Mas o Projeto Escola Estrada Afora atingiu seu ápice quando, naturalmente, enfatizou  problemas de ordem ambiental e social :
a)    Ambiental - Na visita ao Bairro Sengó, os moradores chegaram a fazer uma denúncia muito grave acerca da atitude de açougueiros que depositam carcaças bovinas e suínas nas margens do rio que desemboca na represa da usina hidrelétrica ‘Ninho da Águia’ – maior furo de reportagem. E também quando partiu dos próprios alunos propor uma parceria com a Secretaria Municipal do Meio Ambiente para realizar um trabalho de conscientização sobre a necessidade da reciclagem e dos cuidados com o lixo, na comunidade urbana e  rural.
E também foram sugeridas pelos alunos outras ações que poderiam ser cuidadas de forma gradativa:
ü  Dispor recipientes de lixo separados por cor
ü  Plantar árvores na cidade
ü  Reportar qualidade da água
ü  Revitalizar o Parque Cruz das Almas
b)    Reconhecimento Social – Ao conhecer a casa de Luiz Augusto Fernando Guimarães – aluno que teve seu texto classificado em 1º lugar no estado de Minas Gerais, no 42º Concurso Internacional de Redação de cartas promovido pelos Correios - http://g1.globo.com/mg/sul-de-minas/jornal-da-eptv/videos/t/edicoes/v/estudante-de-delfim-moreira-mg-ganha-premio-internacional-de-redacao/2595530/ - toda a equipe do Projeto Escola Estrada Afora foi tomada por intenso sentimento de comoção, empatia e solidariedade, mediante tamanha carência. O grupo imediatamente iniciou uma campanha para dar uma vida digna à família de Luiz Augusto. Assim, a vida do jovem escritor da E.E. Marquês de Sapucaí já começou a se transformar: cesta básica, roupas novas, enxoval, tablet, computador, internet, móveis, uma casa nova que a empresa Correios já está providenciando, uma bolsa de estudos (curso de graduação). Isso é educação de valores, é compromisso social, é formação cidadã.

Por tudo isso, foi muito bom ver professores e alunos comprometidos em transformar esses dois contextos intencionando promover a preservação ambiental e a equidade social. Isso demonstra responsabilidade pelos destinos da vida coletiva; prove a valorização individual e social pelo reconhecimento e sistematização das informações, bem como a exposição e notoriedade que os valores locais vão ganhar ao se exporem; e, acima de tudo, cria o sentimento e o orgulho de pertinência a Delfim Moreira.




Visita ao Bairro Ponte de Zinco


 Cachoeira do Areião

         José Rodrigues é o proprietário da Cachoeira do Areião, localizada na rodovia Itajubá-Lorena, BR-459, km 187(cerca de 1,5 km a frente da REP). Lugar muito bonito frequentado pelos vizinhos e muitos itajubenses também. O maior atrativo são as piscinas naturais tão propícias para banho.
         Percebendo o potencial turístico do local e a necessidade de oferecer uma estrutura mais adequada para os visitantes , José deixou a lavoura e investiu no local. O acesso ao Areião era por meio de uma trilha no pasto e os carros ficavam às margens da rodovia. Então, José abriu uma estrada de terra, que logo foi calçada com bloquete, que chega a um bolsão de estacionamento, onde se avista a cachoeira menor e a principal piscina natural .
        A cachoeira do Areião é um negócio do ramo turístico e, por isso, cobra-se ingresso. Como compensação há banheiros limpos, serviço de bar, grama sempre aparada, tudo muito bem organizado.
        A principal diversão são os passeios de boias. Logo abaixo da piscina natural há corredeiras - um cabo de aço é esticado para impedir que os banhistas rodem rio abaixo. Foi relatado que nunca houve casos de afogamento sérios, ou acidentes nas pedras, sempre há orientação para os turistas.
       A surpresa maior fica no fim de uma trilha de cerca de 30 metros, marcada por belas hortênsias no início e que adentra um trecho de mata atlântica preservada, que leva à queda d’água, sobre pedras enormes.
 

  Foi explicado que no verão, apesar de ser um cânion, o sol bate quase o dia todo sobre as pedras tornando o lugar atraente para as mulheres que querem bronzear.
      O nome cachoeira do Areião faz referência ao grande volume de areia no fundo da piscina natural, formando uma praia de água doce .
       José tem planos de abrir um restaurante, para servir melhor os clientes e garantir uma boa renda no inverno, quando a frequência de visitantes é menor . O período de maior movimento é de novembro a fevereiro, quando a cachoeira fica mais bonita, devido ao maior volume de água.
Francis Machado


Uma grande descoberta

            Na tentativa de revelar grandes acontecimentos de um passado distante no nosso planeta, são feitos estudos que buscam vestígios ou rastros desses acontecimentos. Uma parte desses estudos, concentra-se em investigar o comportamento de organismos que não existem mais. O resultado desse comportamento pode vir a ser preservado em um sedimento,e a ele é dado o nome de icnofóssil. E numa das viagens realizadas pelo Projeto Escola Estrada Afora, ao bairro do Charco, acredita-se que tenhamos encontrado um exemplo de icnofóssil. De inicio é apenas uma suposição, pois ainda não foi realizada uma análise detalhada. O objeto em questão foi encontrado pelo senhor Eduardo Soares que, em seguida, instigou o grupo para analisar o local a fim de descobrir mais detalhes. O próximo passo é tentar descobrir se realmente estas marcas são de animais que viveram ali há muito tempo atrás. Isto será feito buscando a ajuda de profissionais da área. No momento são apenas suposições, mas acredita-se que tenha sido feito uma grande descoberta nessa região.
Janderson Oliveira


























sábado, 14 de setembro de 2013

Depoimentos

Nesta Postagem serão colocados vários depoimentos  de alunos, professores e comunidade local a respeito do Projeto Escola Estrada Afora.







"Aos amigos,

Por curiosidade, hoje vos falo do lugar onde eu moro.

Através da Escola Marquês de Sapucaí, quero apresentar-lhes Delfim Moreira, lugar pequeno de oito mil habitantes, onde moro e que é a terra dos antepassados da Ângela minha esposa, que foram industriais e um deles governador (prefeito) daqui.

No site da Escola está um arsenal de dados que recém começou a ser compilado pelos alunos da escola. Imaginem quando ficar pronto.Até eu escrevi uns textos que foram aceitos e estão publicados no site.
Mas acho que um trabalho destes precisa de uma introdução:

Nos Estados Unidos existiram as caravanas. No Brasil as entradas pelo interior foram chamadas de Bandeiras, nos séculos de desbravamento. A América tem livros, histórias e inúmeros filmes das caravanas dos ingleses e de outros emigrantes; no Brasil tem quase nada, ou nada, das Bandeiras. E o mesmo acontece com as dezenas de fortes ao longo da longa costa do Brasil que têm pouco registro de história de suas lutas pela defesa do Brasil e hoje alguns desses fortes passam por mero cartão postal de ruínas. As Bandeiras dos portugueses passaram além de Tordesilhas e além da dor para construir este imenso Brasil que agora é meu País, dos meus filhos e dos meus netos. Todo o ouro que os portugueses tivessem encontrado não pagaria as vidas que se foram na construção deste nosso imenso Brasil.

Fundada em 1703, pelo Bandeirante português Miguel Garcia Velho, o lugar onde moro fica na cordilheira da Serra da Mantiqueira, a 1.200 m de altitude, na metade da distância entre São Paulo de Piratininga e de São Sebastião do Rio de Janeiro, que à época já existiam. Delfim Moreira era um arraial que tinha umas minas de ouro que rápido se exauriram. Um século depois, em 1819, o Padre Lourenço abandonou este lugar. Segundo os historiadores o Padre Lourenço levou os escravos dele, juntou 80 famílias e fundou uma nova cidade que hoje tem mais de 50 mil habitantes no Vale do Rio Sapucaí, a 25 km daqui. Uma década depois, em 1832, esse mesmo Padre Lourenço voltou em procissão para atacar e tentar levar a Santa padroeira que tinha ficado para trás. Houve batalha, mas o invasor não a levou. O povo deste lugar aprendeu a dar respeito ao seu valor. O Padre Lourenço nem podia levar o que mais divino tem este lugar que é a beleza da cordilheira da Serra da Mantiqueira, seus rios, cachoeiras, árvores, pássaros e, acima de tudo, a valorosa atitude de sua gente. O povo daqui aprendeu a se guardar. É um povo feliz e calado que guarda com orgulho seus segredos de antepassados, preserva suas tradições e criou solidez de caráter através de gerações. Todas as casas têm histórias, contos, lendas, objetos, fotos deste lugar que sobreviveu tenazmente às rejeições, aos ataques e ao isolamento.

Para isso chegou o Projeto Estrada Afora.

A escola Marquês de Sapucaí criou um Projeto acadêmico, o Projeto Estrada Afora, para registrar tudo por aqui. Os alunos agora são os Bandeirantes que vistam os bairros, fotografam, filmam, entrevistam, pesquisam, escrevem, editam e publicam. Vale mencionar da liderança que coube à Professora Ana Paiva empurrar essa garotada e harmonizá-la, com o suporte e apoio do Aurelino diretor da Escola e com a colaboração do valoroso corpo docente da Escola, que são um rol imenso de colaboradores dos quais que seria injusto falhar um ao tentar fazer uma lista exaustiva de todos eles, até os que em silêncio não se cansam de colaborar. A Professora Ana Paiva já tinha desenvolvido um método de ensinar redação que permitiu que cinco dos seus alunos ganhassem prêmios de literatura estaduais e nacional sendo um deles na Academia Brasileira de Letras. São alunos orgulhosos de seu aprendizado, além dos muitos outros que viram seus textos publicados no livro “Oficina do Lapidário”, produto dos ensinamentos de redação da Professor Ana Paiva, e que hoje está disponível no site do Projeto Lapidar. Todos estão de mangas arregaçadas a trabalhar no Projeto Estrada Afora."
Eduardo Soares