sábado, 7 de setembro de 2013

Visita ao bairro Quatis - município de Marmelópolis

Projeto Ciência em Ação
         Assim vamos acompanhando a ciência tal como se constrói o primeiro passo, dentro de um laboratório, observando os comportamentos e as práticas dos alunos. Sabemos que a ciência não é acabada, e por isso temos várias surpresas todas as vezes que confrontamos a teoria com a prática. E através do Projeto Escola Estrada Afora, podemos concretizar os estudos de campo, sentir o gosto de descobrir o mundo além dos muros da escola. Aprender e observar mais que figura no livro é sentir o prazer da descoberta, ratificando a veracidade das informações adquiridas; é valorizar o bioma em que vivemos, respeitando tanto a fauna quanto a flora e observando a interação das mesmas com o biótipo; é sistematizar, qualificar e catalogar espécies de plantas e insetos; é estar preparado para cometer erros e também aprender com os mesmos; é sair do conforto e comodidade da sala de aula e desbravar um mundo novo de conhecimento e descoberta.
                                                                                        Prof. Marcelo Alexandre Alves






A VISITA
       
          Ir ao bairro Quatis não foi nada fácil, o caminho não era dos melhores, pedregoso e muito poeirento, por muitas vezes uma verdadeira cortina de fumaça invadia o ônibus, mas tais adversidades não foram um empecilho. Subimos a montanha, com o ônibus inundado por uma onda de expectativa e farra, que não poderia fazer menos que nos animar. Nas janelas, paisagens se mostravam imponentes, as mais tímidas se escondiam em cada curva. Víamos pequenos córregos, fragmentos de mata, pequenas casas simples se destacavam com calma, passivas ao ônibus que as observava com ar curioso.
 
     Por muitas vezes, a estrada tortuosa se abria num grandioso vale, que não poderia nos reservar menos que maravilhas, a gente e os costumes. O ônibus passava por tudo aquilo com algazarra, mas não era uma algazarra ruim, e sim a confusão da descoberta, quando olhávamos para nós mesmos vemos que tudo aquilo faz parte de nosso rotina, e certamente nos sentimos contentes por saber que, de alguma maneira, fazemos parte de tudo aquilo, de toda aquela gente. Por isso, não visitamos estranhos, visitamos a nossa comunidade, pessoas tão encantadoras que até lamento não tê-las conhecido antes, com toda sua sabedoria, seus hábitos e até conhecimentos medicinais. Interessante saber que há pessoas que fazem da mata sua própria farmácia, gente que só clama que todo o seu tesouro cultural não seja jogado no lixo, como moedas gastas. Moedas o que vi, sim. Um verdadeiro tesouro escondido por trás das montanhas de Minas, um tesouro que vale mais do que qualquer joalheiro poderia avaliar; um tesouro que não é eterno e que, constantemente, faz o apelo para quem estiver predisposto, pelo menos tentar compreendê-lo e respeitá-lo.

Luiz augusto Fernando Guimarães
(Quero ser conhecedor desse tesouro que nem eu mesmo conheço, mas que me fascina só de imaginar, o quanto ainda existe para ser descoberto)...         






















Um comentário:

  1. Muito bom trabalho, moçada!!!! O laboratório de ciências da Marquês está com outra cara e outro ânimo. E tenho certeza que a vontade de aprender também...Parabéns prof Marcelo A. Alves pela revitalização do espaço de aprendizagem!

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