sábado, 22 de junho de 2013

Escola Estrada Afora - Produções Artístico-literárias


Desenho de Thaís Bernardes – 8º ano

Andanças


Nas minhas andanças pude notar
Canários em copas centenárias a cantar.
Montanhas verdes guardiãs de nossa flora
De cachoeiras de águas geladas da serra que chora.
São tantas histórias que me ponho admirado
Pessoas alegres em relembrar o passado.
Entrevistados relatam  acontecimentos  de sua vida familiar
Como disse um amigo: tudo o que escutamos é texto para lapidar.
Mas depois de ouvir tanta coisa posso lhe afirmar
Nós delfinenses temos muito o que valorizar
Afinal, “o boi deixa o couro, o homem a história”
Inspiremo-nos no passado para termos um futuro de glória.
                                       Shelmer Araújo

  Resgatando histórias


Em grupos separados,
Cada um com sua missão;
De um lado para o outro;
buscando informação.

Lindas paisagens,
Histórias de assombração;
Povo sábio, religioso, digno de admiração.

Gente  simples que trabalha na fazenda
Dia e noite sem se cansar
 Embaixo de sol, embaixo de chuva
 pelejando para a família nada faltar.

Panelas de ferro e chaleira
Fumegando no fogão;
Chaminés anunciando
uma farta e saborosa refeição.

O dia vai passando...
E os pássaros  cantores sem cessar
Assim, seguimos em frente,
Atrás de aventuras em outro lugar.

                                                                                   Ângela  Assis     



O Compositor

Com o violão na mão sentei-me em um banco simples de madeira e comecei a tocar. Era uma manhã fria, montanhas cobertas pela névoa e a grama do terreiro toda branca de geada. Meus dedos estavam gelados, mas logo se esquentaram.  A cada música que entoava, o sol aparecia timidamente através das montanhas que formavam o vale.
Já com o sol radiando sobre as árvores, cantei Delfim Moreira com seus belos pássaros sobrevoando as copas centenárias em busca das frutas como alimento; cantei a marcha das galinhas ciscando o orvalho da manhã. Subi até o alto da montanha e de lá compreendi toda a natureza ao redor; compus lindas melodias, e cantava... Cantava a água caindo rio abaixo; a cachoeira fazendo sua dança contagiante; os cavalos correndo ao vento. E cantei também os trabalhadores no campo, na cidade e nas construções; a movimentação dos operários da usina hidrelétrica, cantei o progresso...Cantei o gado na curva da estrada; os pecuaristas e as vacas leiteiras; os agricultores manejando lavouras e uma bela orquestra da mata - macacos guinchando, sabiás chilreando e os tucanos chalrando - que se misturavam ao som das modas de viola cantadas em Minas Gerais. [...]
Cantei as belezas da região e até cantei alguns problemas da cidade, só que em um tom abaixo pra que não se sobrepusessem à exuberância dos ipês e das araucárias que compõem a melodia da pequena cidade, que sempre será um belo lugar para se desligar da correria do mundo e relaxar os pensamentos mais profundos dos grandes compositores mineiros...
Ao retornar do passeio pelas montanhas, sentei sobre o fogão à lenha e cantei Delfim Moreira... Cantei o gostinho do café com bolão de fubá; cantei o calor gostoso do fogo que aquecia minhas mãos e meu coração; cantei o refrão de mais uma manhã de inverno nas montanhas geladas do sul de Minas Gerais...

Mateus Cortez 







 Fotografar


Saio com a câmera para fotografar
 inovar, criar e eternizar. 
Em cada bairro uma história para contar
de uma fotografia um infinito para narrar
histórias, sorrisos e até repentes pude apreciar
Registro o momento e depois ponho-me a editar
De cada lugar uma memória, uma vida, tudo para acreditar
que o Projeto Escola Estrada Afora veio para ficar...

                                                      Mateus Ribeiro




   


























Desenho do Aluno Thiago Carvalho- 9ºano




3 comentários:

  1. Como me apraz trabalhar com jovens tão sensíveis,tão criativos e tão especiais... Vocês são FERA !

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  2. Que alegria poder dizer: "São nossos alunos!"

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