(Projeto Escola Estrada Afora no Bairro Taquaral)
O município de Delfim Moreira-MG possui uma população de aproximadamente 8.000 habitantes, distribuídos numa área territorial de 408,5 km². Com a topografia predominantemente montanhosa, o centenário e histórico município abriga em seus rincões 37 bairros rurais, cuja população se dedica às atividades agropecuárias. Os nossos córregos descem apressadamente as encostas, chegam e fertilizam as lezírias do Rio Sapucaí. Seguem até o Rio Grande e depois ao Rio de La Plata para desaguar no mar em Buenos Aires.
(Ao Fundo a E.E Marquês de Sapucaí Centro de Delfim Moreira )
(Vista do Parque Cruz das Almas)
também foi anfitrião da Princesa Isabel e do conde D’Eu que aqui fizeram sua estada por duas vezes, em períodos de repouso. Durante décadas foi o maior produtor mundial de marmelo - a cozinha local criou um cardápio de pratos, doces, geleias de marmelo. Aqui foi terminal de um ramal da estrada de ferro que deixou de herança o edifício da estação e o nome da cidade.
(Antiga Estação )Os nossos casarões históricos resistem ao tempo e teimosamente registram sua história. Reminiscências de animais pré-históricos de eras geológicas existem nas pegadas nas pedras dos nossos rios.
Temas locais, como valorização do Patrimônio histórico-cultural, constituem-se como a transversalidade necessária nas escolas, segundo os PCN- Parâmetros Curriculares Nacionais. Por isso, oportunizar aos alunos a identificação das origens e da história de cada povoado, assim como a observação dos aspectos culturais os faz refletir sobre a historicidade como um processo vivo, propenso a mudanças e, dessa forma, eles se sentem responsáveis pela construção e reconstrução histórica do município.
Outrossim, a integração dos alunos com o lugar onde vivem, ratifica que a educação é uma atividade social e que deve ser trabalhada para além dos muros da escola, cultivando sensibilidade, emoção, empatia e respeito pela diversidade.
Toda produção textual, imagens e vídeos produzidos durante a visitação estão sendo veiculados através do Jornal Prisma Cultural e deste Blog.
Através do Projeto Escola Estrada Afora, a E.E. Marquês de Sapucaí assumiu sua função social, junto à comunidade, oportunizando aos jovens o protagonismo em seu processo de aprendizagem.
Fotografias: Mateus.C.Ribeiro- TODOS OS DIREITOS RESERVADOS
Assim permanecendo em divisões territoriais
datada de 31-XII-1936 e 31-XII-1937. Elevado à categoria de município a
denominação de Delfim Moreira, pelo Decreto-lei estadual nº 148, de 17-12-1938,
desmembrado de Itajubá. Sede no antigo distrito de Delfim Moreira. Constituído
do distrito sede. Não temos a data de Instalação.
Delfim Moreira-MG
Delfim Moreira localiza-se na
região sul de Minas Gerais e possui uma área de aproximadamente 408,5 Km². A
localidade faz limite com os municípios de Maria da Fé, Itajubá, Wenceslau
Braz, Marmelópolis e Virgínia, Guaratinguetá, Piquete e Campos do Jordão, ficando
a 475 Km de distância da capital mineira. A cidade não possui linhas de
navegação fluvial ou aérea, pois sua única forma de acesso são as rodovias
BR-459, BR-383 e MG-350.
Entretanto, não há linhas de
ônibus que liguem Delfim Moreira a outras capitais brasileiras, mas apenas
transportes intermunicipais que conectam o lugarejo a algumas cidades-polo do
estado.
Bairros rurais:
Água Limpa, Ataque (Barreira),
Barba de Bode, Barreirinho, Barreiro, Bicas , Biguá, Boa Vista, Brumado,
Buriqui, Cachoeirinha, Caquende, Charco, Córrego Alegre(Serraria),
Divisa, Estiva, Góes, Mogiano, Monteiro, Paiol, Perus, Pitangal, Ponte de
Zinco, Quilombo, Rio Claro, Rio Comprido, Rosário, Salto, Santa Cruz, Santa
Luzia, São Bernardo, São Francisco,
Sengó, Sertão Pequeno, Taquaral, Turma e Vila Rica
Histórico
Quando distrito de Itajubá, a estação da
Estrada de Ferro Rede Mineira de Viação, que servia a sede distrital,
chamava-se Delfim Moreira, certamente em homenagem ao ex-Presidente do Estado,
grande estadista e político daquela zona. Emancipando o município, foi lembrado
e aceito o nome do emitente homem público – Delfim Moreira.
Os nomes anteriores foram os seguintes: “
Descoberto de Itajubá” e “ Soledade de Itajubá”. Este último era vulgarmente
conhecido por “Itajubá Velho”, em virtude do rápido crescimento da vizinha
cidade de Itajubá. De princípio, esta localidade foi denominada pelos
bandeirantes de “Descoberto”, possivelmente como resultado de suas aventuras
pelos sertões: “Descoberto de Itajubá”, provavelmente pela significação da
palavra que quer dizer: Pedra Amarela, Cachoeira, Cascata e Rio das Pedras,
conforme a definiram vários etimólogos ou historiadores; “Soledade de Itajubá”,
em reverência À Santa padroeira da capela fundada quando simples povoado.
Muito embora sem elementos que possam com
segurança informar quais foram os primitivos habitantes da região, bem como
suas respectivas raças, localização de seus aldeamentos e seus comportamentos
com relação aos desbravadores brancos, acredita-se que alguma tribo indígena
por lá viveu no passado pois no lugar denominado “Curral”, foram encontrados
vasos funerários e armas indígenas.
A origem do município de Delfim Moreira, joia
incrustada na legendária Mantiqueira, está ligada à procura e mineração do ouro,
ali iniciada pelos bandeirantes paulistas, chefiadas por Borba Gato, em 1740.
Incluído na intrépida bandeira o Padre João de Faria Fialho, este e Borba Gato decidiriam
que unidos escalariam a imponente Mantiqueira, para, do cimo daquela gigantesca
muralha, tentarem pela primeira vez desvendar uma nova terra da promissão que
se afigurava resplandecente aos olhos daqueles que buscavam o ouro e a riqueza.
Publicação intitulada “A Diocese de Pouso
Alegre, no seu ano jubilar de 1950” afirma que o descobridor das minas de
Itajubá, também designadas por Caxambu, foi o sargento-mor Miguel Garcia Velho,
que para ali se transferiu com sua família. Essa descoberta foi anterior a
1723, pois nesse ano ali residia o Padre João da Silva Canato, ocupado em
mineração. Da mesma publicação consta que o Governador da Capitania de São
Paulo, D. Rodrigo César Menezes, expediu Portaria datada de 14 de fevereiro de
1724, ordenado a Francisco de Godoy Almeida, escrivão da Guarda-moria de Taubaté,
proceder o recolhimento de tributos referentes à exploração das minas de
Itajubá.
Em 1746, reavivaram-se as questões de limites
entre as Capitanias de Minas e São Paulo. Na região de Itajubá (Delfim
Moreira), sofreram modificações as respectivas divisas que foram pelo alto da
serra da Mantiqueira. E em decorrência disso, as minas de Itajubá, descobertas,
povoadas e até então governadas por São Paulo, passaram a pertencer ao Estado
de Minas Gerais.
Ainda por força do Decreto-lei nº 148, foi o
município colocado sob a jurisdição do termo e comarca de Itajubá.
Formação
Administrativa
Em 1848, pela Lei provincial nº 355 e 28 de
setembro, foi a nova freguesia (Itajubá) elevada à categoria de Vila, sendo a
ela anexado, como um de seus distritos, o de “Descoberto de Itajubá”(Delfim Moreira).
Por força do Decreto-lei estadual nº 148, de
17 de dezembro de 1938, passou o distrito a denominar-se Delfim Moreira. Ainda
em virtude do citado Decreto-lei nº 148, foi criado o município de Delfim
Moreira com o distrito do mesmo nome, desmembrado do município de Itajubá. Desse modo, segundo o quadro de Divisão
Territorial do Estado, fixado pelo mencionado Decreto-lei, o município de Delfim
Moreira se compõe apenas do distrito sede, conservando até agora a mesma
composição distrital.
Distrito criado com a denominação de Soledade
de Itajubá, pela lei provincial nº 239, de 30-11-1842, e Lei estadual nº 2, de
14-09-1891, subordinado ao município de Itajubá. Em divisão administrativa referente ao ano de
1911, o distrito de o distrito de Soledade de Itajubá, figura no município de
Itajubá.
Brasão do município de Delfim Moreira |
No quadro fixado para vigorar no
período de 1939-1943, o município é constituído do distrito sede. Assim
permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1950.
Pela lei estadual nº 1039, de 12-12-1953, é
criado o distrito de Queimada ex-povoado e anexado ao município de Delfim
Moreira.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1955, o
município é constituído de 2 distritos: DelfimMoreira e Queimada. Assim
permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1960.
Pela lei estadual nº 2764, de 30-12-1962,
desmembra do município de Delfim Moreira o distrito de Quimada. Elevado à
categoria de município coma denominação de Marmelópolis.
Em divisão territorial datada de 31-XII-1963,
o município é constituído o distrito sede. Assim permanecendo em divisão
territorial datada de 2007.
Alteração toponímica distrital
Soledade de Itajubá para Delfim Moreira, alterado pelo Decreto-lei estadual nº
148, de 17-12-1938.
Fonte: Enciclopédia dos Municípios Brasileiros - Volume XXV ano 1959
DELFIM MOREIRA EM IMAGENS.
Geada no Bairro Rosário |
Uma riqueza conhecer as origens da cidade. Tudo registrado porque as pessoas passam mas a história fica. Parabéns Delfim Moreira. Parabéns alunos, professores e comunidade!!
ResponderExcluirExcelente conteúdo esse blog, está contribuindo muito com minha dissertação de mestrado ao qual estou cursando na USP.
ResponderExcluirExcelente trabalho pedagógico, agrega conhecimento histórico e geográfico do município de Delfim Moreira.
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