Em direção à Cachoeirinha
Novos
rumos a equipe do Projeto Escola Estrada Afora tomou e, desta vez, a viagem foi
ao Bairro Cachoeirinha. Durante a jornada, desvendamos os mistérios de uma
caverna onde muita gente supõe que haja vestígios arqueológicos, mas
infelizmente, a caverna encontrava-se desmoronando...Também observamos magníficas paisagens que
sofrem com as mudanças trazidas pelo homem.
Ao chegar ao bairro, pudemos
observar o quanto a água que corre no riacho está desaparecendo, causando até
problemas para os moradores que criam peixes. A enorme cachoeira, que deu
origem ao nome do bairro, hoje não passa de um filete de água que corre debaixo
das pedras, o que entristece muito os moradores de lá. Afinal, as águas ficaram
retidas na represa...
Fotografia: Mateus C.Ribeiro
Fotografia: Mateus C.Ribeiro
Ao conversar com Dona Terezinha
Coura, moradora do bairro, ouvimos as histórias de como era difícil ir para a
escola no Barreiro ou em São Bernardo, já que as crianças iam a pé. As famílias
eram numerosas e havia lavouras de milho, feijão, batata e ervilha, que com o
tempo foram deixadas de lado, porque as pessoas mudaram-se para a cidade em
busca de emprego.Porém, houve aumento da população do bairro, atualmente há em
torno de 40 casas na Cachoeirinha, isso devido à melhoria da estrada que hoje
encontra-se asfaltada.
Seu Manoel Ribeiro relatou-nos
que seus pais eram muito rígidos e que a formação dos filhos era bem diferente. Lá
ele também cultivou muitas ervas medicinais e sua saudosa esposa fabricou muito
sabão de cinza. Afirmou que há grande incidência de pessoas com hipertensão e
diabetes e lembrou-se das enormes plantações de fumo que havia no bairro. Fotografia: Mateus C.Ribeiro
Seu Geraldo também contou que o bairro já produziu muita
goiaba, ameixa. Contou-nos que as crianças tinham caxumba, catapora, varicela.
Falou das árvores predominantes no bairro: jacarandá e bico-de-pato. Ele
confirmou que há vestígios arqueológicos em sua propriedade... Certamente que
voltaremos lá para realizarmos o registro.
Infelizmente, pode-se perceber que o meio ambiente sofreu
muitas mudanças, mas a Cachoeirinha ainda vai continuar lá ostentando as pedras
que descansam tranquilas no leito do rio, enquanto as artesãs tecem seus
crochês.
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